terça-feira, 17 de abril de 2012

Secretaria de Meio Ambiente aposta em economia verde no Rio de Janeiro

Minc lista projetos para o desenvolvimento sustentável no estado. Centro de pesquisa voltado à economia verde é listado como iniciativa para impulsionar segmento



Os projetos da Secretaria de Estado do Ambiente para impulsionar a economia verde no Rio de Janeiro foram listados na última segunda-feira pelo secretário do Ambiente, Carlos Minc, em reunião do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, promovido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para discutir a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, a ser realizada em junho.

“Quando falamos de sustentabilidade, a turma do setor produtivo logo se assusta. Economia verde não é contra desenvolvimento, pelo contrário. É contra o crescimento desenfreado e predatório. O Rio de Janeiro é o estado que mais atrai investimento e o que menos desmatou no ano passado, além de duplicar suas áreas protegidas municipais, de 101 mil para 209 mil hectares”, afirmou Minc.

Ações como a Bolsa Verde (BVRio) e o Distrito Verde, área que abrigará empresas voltadas à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, na Ilha de Bom Jesus, próximo ao parque tecnológico da UFRJ, no Fundão, foram listadas como iniciativas para impulsionar a economia verde no estado.

“O Rio será pioneiro em distritos verdes no país. Depois da Ilha de Bom Jesus, que tem área de 240 mil metros quadrados e abrigará dez empresas, como a L´oreal e a GE, estamos negociando a instalação em Itaguaí de um segundo distrito verde, que vai trabalhar energias renováveis. Já temos duas indústrias interessadas no segundo distrito: uma das maiores empresas chinesas de energia eólica e outra espanhola, de energia solar”, disse Minc.

Os locais terão certificação LEED – selo internacional de sustentabilidade –, as ruas serão pavimentadas com asfalto borracha e a iluminação feita com lâmpadas de LED, que consomem menos energia. As construções terão sistema de tratamento de esgoto e reaproveitamento de água da chuva. Segundo Minc, a BVRio é o local de negociações de ativos ambientais que concentrará suas atividades no desenvolvimento dos seguintes ativos: créditos de carbono, efluentes industriais da Baía da Guanabara, reposição florestal relativa à reserva legal, reposição de supressão de vegetação e em créditos de logística reversa e reciclagem. “A BVRio permite baratear o custo dos créditos de carbono. Quem precisa de determinados ativos ambientais pode comprar de quem os possui”, disse.

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